A três dias da data-limite para responder se aceitam ou não a proposta do governo Lula aos servidores da educação, sindicatos da categoria vivem um racha e um clima de incerteza sobre a continuidade ou o fim da greve de universidades e institutos federais.

A Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico, o Proifes, tem sinalizado que pode chegar a um acordo com o governo, posição contrária do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições Federais de Ensino Superior, o Andes.

Na última mesa de negociação, o governo federal manteve a proposta de reajuste zero em 2024, reformulando os índices de recomposição salarial em uma variação de 13,3% a 31% até 2026.

“A greve atingiu o seu objetivo, mobilizou democraticamente as instituições. Acho que tudo tem um limite. A gente tem de buscar um acordo por uma saída menos traumática e algum benefício para o professor”, afirmou.

Já o presidente do Andes, Gustavo Seferian, enfatizou que a proposta do governo está aquém da reivindicação e que a greve deve continuar, a fim de viabilizar novas agendas de negociação.

“A gente sabe que não vai ser a greve que vai parar as atividades nas universidades e nos institutos, mas a impossibilidade de pagar fornecedores, serviços como água, energia elétrica, contratação de trabalhadores, as bolsas de permanência, verbas que vêm passando por cortes sistemáticos ano após ano”, criticou.

O Andes tem questionado a permanência do Proifes na mesa de negociação dos servidores federais de educação com o Ministério da Gestão, alegando ilegitimidade na representação dos docentes federais.

Este artigo foi resumido em 45%

Originalmente Publicado: 24 de Maio de 2024 às 19:00

Fonte: www.cartacapital.com.br