A organização Taes em Luta, que representa servidores técnico-administrativos da educação mobilizados desde março por melhores salários, publicou na última sexta-feira uma nota de repúdio às declarações da ministra Esther Dweck, de Gestão e Inovação, dadas em entrevista coletiva a uma série de meios de comunicação alternativos.
“Aos servidores da carreira de nível superior do PCCTAE, que são a referência da carreira, o governo Lula, através do MGI, está oferecendo uma recomposição de 14,45%. Valor muito inferior aos 22,9% que foram oferecidos aos servidores do Banco Central ou do MAPA, carreiras que já possuíam remuneração muito acima da do PCCTAE”, diz trecho da nota.
Em entrevista coletiva ao Centro de Mídia Alternativa Barão de Itararé, com representantes do Jornal GGN, Portal Desacato, Vermelho, DCM e Brasil 247, a ministra demonstrou profundo desprezo e desconhecimento a respeito da carreira e das atividades desempenhadas pelos Técnicos Administrativos em Educação, fato ainda mais grave quando consideramos que a ministra pertence carreira do magistério superior e atua dentro de uma universidade federal, ao lado desses profissionais.
Somos técnicos de enfermagem, técnicos de laboratórios, enfermeiros, pedagogos, contadores, assistentes de alunos, químicos, biólogos, psicólogos, técnicos e analistas de tecnologia da Informação, nutricionistas, engenheiros, comunicadores e dezenas de outros profissionais que fazem parte do PCCTAE. Nós atuamos nas atividades-fim dessas instituições, a saber: o ensino, a pesquisa e a extensão.
A excelência dos profissionais do PCCTAE vem sendo reconhecida cada vez mais pela sociedade e pelo Congresso Nacional, que recentemente rejeitou veto parcial a dois dispositivos da Lei 14.695, de 2023, que tratava da concessão de bolsas de pesquisa, de desenvolvimento, de inovação e de intercâmbio aos ocupantes de cargo público efetivo de técnico-administrativo envolvidos nessas atividades.
Hoje, um servidor de nível superior em início de carreira no Banco Central recebe um salário inicial superior ao salário de um servidor TAE de nível superior, com doutorado, em final de carreira e com mais de 20 anos de dedicação educação pública.
Veja como a gestão da ministra Dweck aplicou os recursos destinados para a reestruturação das carreiras: além dos menores índices de reajuste, verifica-se que o PCCTAE, carreira dos Técnicos Administrativos em Educação, recebeu o menor aporte de recursos por servidor dentre todas as carreiras reestruturadas pelo governo federal.
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Originalmente Publicado: 25 de Maio de 2024 às 18:58
Fonte: revistaforum.com.br