Mas não foi nada que pegou os moradores da capital mineira de surpresa: o “Black-out” tinha sido antecipado pela imprensa, que preparou os belo-horizontinos para a data.

O Arquivo EM desta semana resgata as memórias do dia em que Belo Horizonte se preparou para um bombardeio aéreo.

“O estado de beligerância em que se encontra o Brasil reclama de todos os cidadãos uma preparação efetiva para quaisquer eventualidades próprias do tempo de guerra. E de fato, quaisquer contingências ou surpresas não encontrarão o povo desapercebido”, contava o Estado de Minas de 11 de junho de 1943, uma semana antes da simulação ocorrer.

Fazia um ano que o governo de Getúlio Vargas havia declarado guerra aos países do Eixo, forçado pela população depois de ataques alemães a embarcações brasileiras que vitimaram mais de 1 mil pessoas.

O clamor popular fez com que Getúlio, mesmo com as inclinações fascistas que levaram ao Estado Novo, se rendesse em um apoio do Brasil aos Aliados.

“Naquele momento, o conflito está caminhando para o fim. Não tinha condição de durar muito mais tempo e expandir o teatro dos acontecimentos para o Atlântico Sul, muito menos para uma capital do Sul do Brasil”, explica Martins.

Ele lembra que o prefeito de BH era Juscelino Kubitschek, que também buscava protagonismo político.

Este artigo foi resumido em 67%

Originalmente Publicado: 2 de Junho de 2024 às 07:00

Fonte: www.em.com.br