Depois de uma mudança na postura do Banco Central, que passou a apontar para um maior risco inflacionário e até reduziu o ritmo de cortes da Selic, o mercado virou sua previsão para pessimista.

“Em meio às expectativas de inflação crescentes, atividade econômica resiliente e maiores incertezas doméstica e externa, entendemos que não há mais espaço para cortes adicionais de juros. Portanto, revisamos nossas projeções para a taxa Selic, de 10,25% a.a. para 10,50%, ao final de 2024 e 2025”, destaca Mario Mesquita, economista-chefe do banco, em relatório.

Se a projeção estiver correta, isso significa que o Banco Central fará uma pausa no afrouxamento monetário e manterá a Selic no atual patamar de 10,50%.

Na pesquisa desta semana, as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor subiram de 3,88%% para 3,90% em 2024.

Mesquita ainda destaca a taxa de câmbio voltou para as máximas do ano, descolada de seus pares, sendo que a medida ampla de risco-país, calculada pelo Itaú com base em preços de ativos e seu desempenho relativo, voltou a subir depois de ter alcançado as mínimas pós-pandemia no início do ano.

Na reunião de maio, o Copom reduziu o ritmo do seu afrouxamento monetário, passando os cortes de 0,50 pp para 0,25 pp.

“Considerando a evolução do processo de desinflação, os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu reduzir a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 10,50% a.a., e entende que essa decisão compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2025”, diz o comunicado.

Este artigo foi resumido em 44%

Originalmente Publicado: 10 de Junho de 2024 às 16:02

Fonte: www.moneytimes.com.br