“O centro permanece firme”, foi o que disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, após os resultados das eleições para o Parlamento Europeu serem revelados no domingo.
Embora essa afirmação seja verdadeira, também verdade que o equilíbrio de poder no Velho Continente está se deslocando do centro para a direita, como evidenciado pela clara vitória do conservador Partido Popular Europeu, que, segundo os resultados preliminares, obteve 186 assentos dos 720 que compõem Parlamento, em comparação com os 135 dos sociais-democratas.
No geral, apontam ambos os analistas, os resultados das eleições europeias não são inesperados e refletem uma tendência que tem sido observada nos últimos anos em nível nacional nos diferentes países que compõem a União Europeia.
São os casos da Alemanha e da França, que, além de serem emblemáticos por serem os pais fundadores da UE, são os dois Estados membros que mais contribuem com assentos para o Parlamento, o que ajudará a aumentar a representação da extrema direita na câmara de Estrasburgo.
Crédito, EPA. “Convocar eleições antecipadas uma grande surpresa para o país e um enorme risco para o presidente Macron. Ele poderia ter reagido de outra maneira e explicado a vitória esmagadora da direita como uma aberração europeia que seria corrigida em eleições mais importantes”, afirma Hugh Schofield, correspondente da BBC na França.
“Há aqueles que percebem que houve uma mudança nos valores culturais da sociedade ocidental, em questões como os direitos da comunidade LGBTQIA+, igualdade de gênero, etc., que, para muitos, especialmente homens brancos adultos, representa um desafio sua própria identidade”, diz Martín Merchán.
Molina insiste que, embora haja sinais de consolidação e crescimento da direita mais radical, algo a ser destacado das eleições europeias como o centro resistiu “Apesar dos desafios enfrentados pela União Europeia hoje”.
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Originalmente Publicado: 11 de Junho de 2024 às 19:39
Fonte: www.bbc.com