Após novo sinal feito pelo governo Lula nesta sexta-feira, professores de universidades e institutos federais irão consultar as bases nas próximas duas semanas para deliberar sobre o fim da greve docente.
Nesta sexta, em reunião em Brasília, o Ministério da Educação propôs mexer com a carga horária e o registro de ponto eletrônico do EBTT, que contempla os professores dos institutos federais, mediante a revogação da Portaria nº 983⁄2020, editada pelo governo Jair Bolsonaro.
“Importante reconhecer que nós hoje tivemos uma nova vitória diante dessa sinalização, que ela não se daria se a nossa greve não estivesse se fortalecendo”, disse Gustavo Seferian, presidente do Andes, após o encontro com o governo.
O Andes queria garantir um aumento ainda em 2024 e propunha o percentual de 3,69%. No entanto, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, que conduz as negociações com o funcionalismo, negou reajuste a todas as categorias neste ano de 2024, em que o governo aperta os cintos para equilibrar as contas públicas, e já havia fechado as negociações em torno da questão salarial.
Por ocasião do anúncio, o presidente Lula disse que toda greve “Tem um tempo para começar e tem um tempo para terminar” e afirmou que não se pode ir na linha do “Tudo ou nada”, sob o risco de não se ter nada.
O Andes apontou que há “Questões graves” no anúncio do PAC, como o caso dos recursos para os hospitais federais irem para as mãos da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, empresa pública vinculada ao Ministério da Educação que detém a maioria das gestões.
Caso haja concordância das entidades, os valores necessários para os reajustes no próximo ano deverão ser reservados na peça orçamentária de 2025, que o governo enviará ao Congresso Nacional até o fim de agosto.
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Originalmente Publicado: 14 de Junho de 2024 às 17:40
Fonte: www.metropoles.com