O Produto Interno Bruto da Argentina recuou 5,1% no 1º trimestre em comparação com o mesmo período de 2023, informou o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos do país nesta segunda-feira.
Em relação ao último trimestre do ano passado, o PIB argentino encolheu 2,6%, marcando a segunda queda trimestral consecutiva.
O presidente da Argentina tomou posse em dezembro, após uma campanha com promessas de corte de gastos e déficit fiscal zero.
Entre outros impactos, o ajuste fiscal permitiu, no primeiro trimestre deste ano, o primeiro superávit do país desde 2008.
De acordo com os dados do Indec, o consumo privado caiu 6,7% no primeiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto o consumo público recuou 5%. A suspensão de projetos de infraestrutura do Estado após os cortes de gastos de Milei levaram também a perdas de empregos em setores importantes, como o de construção.
As perdas no mercado de trabalho, a inflação acumulada em 276,4% e a intensificação da crise econômica no país já colocaram 41,7% dos 46,7 milhões dos argentinos abaixo da linha da pobreza, segundo dados do Indec.
Até o churrasco, uma das maiores tradições argentinas, perdeu espaço: em março, o consumo de carnes no país atingiu no menor nível em 30 anos, segundo a Câmara da Indústria e Comércio de Carnes e Derivados da Argentina.
Este artigo foi resumido em 50%
Originalmente Publicado: 24 de Junho de 2024 às 19:51
Fonte: g1.globo.com