Análises de amostras do asteroide Bennu, realizadas por cientistas da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos, revelaram a possibilidade de um passado bastante intrigante: o corpo celeste, que passa perigosamente perto da Terra a cada seis anos, pode ter sido parte de um planeta com oceano.

Após uma viagem de ida e volta que durou sete anos, a missão coletou amostras do asteroide Bennu e as trouxe Terra, em setembro de 2023.

Agora, segundo artigo publicado pela agência espacial na quarta-feira, 26, os cientistas notaram a presença de fosfatos solúveis em água no corpo celeste - o que indica que o asteroide poderia ter se separado de um antigo e pequeno planeta com oceano, desaparecido há muito tempo.

Segundo a Nasa, como seus materiais são tão antigos, acredita-se que ele contenha moléculas orgânicas semelhantes àquelas que podem ter se envolvido com o início da vida na Terra.

Os cientistas acreditam que a razão pela qual a Terra tem oceanos, lagos e rios porque foi atingida por asteroides que transportavam água entre 4 bilhões e 4,5 bilhões de anos atrás, tornando-a um planeta habitável.

Além disso, a vida na Terra baseada no carbono, que forma ligações com outros elementos para produzir proteínas e enzimas, bem como os blocos de construção do DNA e do RNA. “A cada semana, a equipe de análise de amostras OSIRIS-REx fornece descobertas novas e às vezes surpreendentes que estão ajudando a colocar restrições importantes na origem e evolução de planetas semelhantes Terra”, disse, em comunicado da Nasa, Harold Connolly, coautor principal do artigo e cientista de amostras da missão OSIRIS-REx.

Agora, dezenas de outros laboratórios nos Estados Unidos e em todo o mundo receberão porções da amostra de Bennu do Johnson Space Center da Nasa em Houston nos próximos meses, e muitos mais artigos científicos descrevendo análises da amostra de Bennu são esperados nos próximos anos a partir da equipe de análise de amostras OSIRIS-REx.

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Originalmente Publicado: 29 de Junho de 2024 às 16:03

Fonte: noticias.r7.com