No primeiro turno, que aconteceu no último domingo, o partido de ultradireita RN, da ex-candidata a presidente Marine Le Pen, largou na frente com 33% do voto, seguido da união de partidos de esquerda Nova Frente Popular e, em terceiro lugar, a coalizão governista de Macron, com 20% dos votos.

O programa da RN tem ênfase, como de se esperar na ultradireita europeia, na imigração -elencando medidas duras para restringir não só o número de pessoas que chegam França como também as hipóteses que permitem que estrangeiros obtenham a cidadania francesa.

O projeto de governo da ultradireita também quer acabar com o chamado “Direito do solo” na legislação francesa, que permite que pessoas que nasceram na França filhos de pais estrangeiros conquistem a nacionalidade ao completar 18 anos se tiverem morado por pelo menos cinco anos em território francês.

O programa oficial utiliza linguagem que reforça a ideia de que o fluxo migratório um ataque e uma ameaça “Civilização francesa”, dizendo que o partido se compromete a “Proteger o povo francês da submissão migratória” e a propor leis “Contra as ideologias islamistas, verdadeira ameaça totalitária do mundo moderno”.

O plano econômico da NFP central para o projeto de governo da aliança de partidos de esquerda, que foi formada às pressas e contra a previsão de analistas para fazer frente ultradireita.

O plano prevê subir o salário mínimo em 200, indo para 1.600, criar um aumento obrigatório de todos os salários de acordo com a inflação, cortar um imposto de 10% que incide sobre as contas de luz, e revogar a reforma da previdência de Macron.

Por fim, o plano de governo da coalizão centrista de Macron, chamada de Juntos, tenta enfatizar a responsabilidade fiscal, dizendo que as propostas dos rivais esquerda e direita são irrealistas e afundariam o país em dívidas.

Este artigo foi resumido em 73%

Originalmente Publicado: 5 de Julho de 2024 às 06:00

Fonte: www1.folha.uol.com.br