A França volta às urnas neste domingo para referendar ou rejeitar que a extrema direita chegue ao poder pela primeira vez desde a ocupação nazista na Segunda Guerra Mundial.

Embora o RN tenha mantido o favoritismo nas pesquisas de intenção de voto feitas ao longo desta semana, o cenário agora mais complexo que o do primeiro turno: sob a sombra da vitória esmagadora da centro-esquerda no país vizinho, o Reino Unido na quinta-feira, a extrema direita também terá de enfrentar uma possível aliança entre o centro, do presidente Emmanuel Macron, e o grande bloco dos partidos de esquerda.

Ao longo da semana, mais de 200 candidatos centristas e de esquerda desistiram das disputas para aumentar as chances de seus rivais moderados e tentar impedir que candidatos da extrema direita vencessem.

Nesse modelo, o presidente mantém o papel de chefe de Estado e da política externa - a Constituição diz que ele negocia também tratados internacionais-, mas perderia o poder de definir a política doméstica e de nomear ministros, o que ficaria a cargo do primeiro-ministro.

Desde que foi fundado, em 1972, e por mais de três décadas, o partido francês de extrema direita Frente Nacional foi um nanico.

Mas foi só com a geração das redes sociais que a sigla conseguiu dar um salto e se tornar o partido favorito para governar o país - o RN ficou em primeiro lugar no primeiro turno das eleições legislativas na França, realizado no domingo.

Essa moderação do discurso foi uma tática adotada por Le Pen principalmente depois de perder as eleições para o então novato Emmanuel Macron, em 2017, com uma forte rejeição no segundo turno - repetindo o que aconteceu com seu pai, que em 2002 foi esmagado por Jacques Chirac no segundo turno das eleições presidenciais.

Este artigo foi resumido em 83%

Originalmente Publicado: 7 de Julho de 2024 às 00:00

Fonte: g1.globo.com