Bolsonaro não explicitou o que quis dizer, mas o recado foi entendido por todos os presentes: a estratégia fazer uma bancada numerosa no Senado, Casa que aprova ministros do STF e pode também levar ao impeachment deles.

Na eleição de 2026, o presidente da corte eleitoral será o ministro Kassio Nunes Marques, um dos dois que foram indicados por Bolsonaro.

A estratégia apostar na mudança do ambiente político para pressionar o Judiciário a ter decisões mais favoráveis ao ex-presidente, usando o que aconteceu com o hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva como parâmetro.

“Se o STF tirou o Lula, que ladrão, da cadeia e o colocou na Presidência, por que não pode haver uma decisão que beneficie Bolsonaro, que não ladrão?”, disse o deputado federal Osmar Terra, ex-ministro de Bolsonaro.

Menos explícito, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, pediu paciência militância para que Bolsonaro novamente tenha condições de liderar o campo conservador em 2026.

Não por acaso, a conferência esteve coalhada de convidados da direita global, vindos de países europeus, latino-americanos e dos EUA. Mesmo a decepção com o resultado na eleição legislativa francesa não diminuiu muito o entusiasmo com o contexto global.

O próprio Bolsonaro preferiu adotar uma cautela estratégica, pedindo calma com as especulações em torno de seu nome e dando a entender que há outros nomes nesse campo.

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Originalmente Publicado: 8 de Julho de 2024 às 07:40

Fonte: www.em.com.br