O foguete Ariane 6, operado pela empresa Arianespace e construído sob encomenda da ESA, vem com a promessa de restabelecer acesso pleno e independente ao espaço, após a aposentadoria de seu predecessor, no ano passado.
O lançador foi projetado para ter duas configurações, com dois ou quatro propulsores auxiliares de propelente sólido, a fim de cobrir as demandas antes preenchidas pelo foguete russo Soyuz e pelo próprio Ariane 5, principal foguete europeu e responsável por 117 lançamentos entre 1996 e 2023, com cinco falhas.
A janela para o lançamento inaugural se abre às 15h e vai até as 19h. Como se trata de um teste, o lançador transporta neste voo apenas satélites e experimentos de pequeno porte, produzidos por várias agências espaciais, universidades e empresas.
Com desenvolvimento iniciado em 2014, o novo Ariane 6 já está quatro anos atrasado, o que coloca alguma pressão sobre a necessidade de rapidamente ser bem-sucedido.
Sua indisponibilidade já obrigou a ESA a transferir o lançamento de seu telescópio espacial Euclid para um Falcon 9, da SpaceX, no ano passado, e fazer o mesmo com seu satélite EarthCARE, em maio deste ano.
A pegadinha que o programa também envolve um subsídio fornecido pela ESA para as operações do veículo, de até US$ 365 milhões anuais, para preservar a autonomia europeia para lançamentos espaciais.
O Ariane 6 a essa altura já tem 30 voos contratados, 18 dos quais para a gigante Amazon, que planeja a constelação de satélites de telecomunicação Kuiper para competir com a Starlink, da SpaceX. O plano, caso tudo dê certo, passar cinco meses analisando os dados do primeiro voo e então realizar o primeiro lançamento comercial, no fim do ano.
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Originalmente Publicado: 8 de Julho de 2024 às 23:00
Fonte: www1.folha.uol.com.br