O médico Carlos Marcelo de Barros, especialista em dor crônica, o responsável pelo tratamento da mineira que sofre da “Pior dor do mundo”, Carolina Arruda Leite, de 27 anos, internada nesta segunda-feira para iniciar o procedimento, em Alfenas, no Sul de Minas Gerais.
Em entrevista ao Estado de Minas, Barros explica que a paciente não será submetida a um procedimento específico e que o tratamento levará meses.
“Não um tratamento, mas um processo de tratamento que está em fase inicial. Vai permitir que seja possível dar os próximos passos. Temos uma linha de raciocínio científica para tentar aliviar o sofrimento dessa moça. Ela tem uma filha de 10 anos. um caso bem difícil”, afirma.
“Pode ser intervir no nervo; um implante de bomba colocada no sistema nervoso central, que joga morfina diretamente no cérebro; um implante de neuroestimuladores no cérebro ou fazer radiofrequência. Temos até a opção de alguns processos cirúrgicos no cérebro”, elenca.
“Mas acredito que não. Elas não devem sumir completamente. Esperamos que ela tenha algum alívio e que saia desse processo de sofrimento agudo. Espero que ela possa ter uma diminuição da intensidade, do número de crises. Mas ela vai precisar de muitas outras intervenções ainda.”
“Vamos apresentar todas as opções para ela, e, no fim, o paciente que decide. Vamos fazer o melhor possível para ela. O que existe de possibilidade de tratamento, ela vai receber, tanto dentro quanto fora do Brasil. Apesar de Alfenas ser uma cidade pequena, conseguimos oferecer todo tipo de tratamento possível, para tentar aliviar a dor dela.”
“Uma das coisas que mais pesam para os pacientes que muita gente não acredita. Acham que o paciente está fingindo, que tem ganho secundário. Isso acontece também, mas na maioria das vezes não.”
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Originalmente Publicado: 8 de Julho de 2024 às 20:43
Fonte: www.em.com.br