Nas últimas semanas, em nada contribuiu o aumento da chamada brecha cambial, a diferença de preços entre o dólar oficial e os tantos outros que circulam na economia argentina.

Esse cálculo superou 50%. uma breve janela de alento para turistas que estão no país, mas um mau sinal para um governo que promete achar o equilíbrio e, quem sabe, dolarizar a economia.

Na última semana, o cutucão no governo veio por parte do ex-presidente Mauricio Macri, líder do Pro, a sigla que torna possível o avanço de medidas legislativas de Milei em um Congresso no qual o governista Liberdade Avança nanico.

A questão o que acontece até lá. Milei se vê pressionado para anunciar a retirada do “Cepo”, o emaranhado de restrições cambiais que pode impedir desde o cidadão comum de comprar dólares até o importador de grande porte de fazer seus pagamentos ao exterior na moeda forte da economia global.

Em sua única vitória legislativa até aqui, o governo aprovou dois mecanismos que visam a atração de investimento e dinheiro para o território argentino.

Um, o Rigi, um regime de incentivo de grandes investimentos nos setores industriais que beneficia o investidor com fatores como isenção de impostos.

Mas foi uma queda desigual na pirâmide social: para os 20% mais ricos, a perda foi de 17,9%. Para os 20% mais pobres, de 27,8%. O que todos se perguntam, além do prazo para a saída do cepo e o alavancar dos investimentos, por quanto tempo a população aceita remoer esse cenário.

Este artigo foi resumido em 74%

Originalmente Publicado: 12 de Julho de 2024 às 16:52

Fonte: www1.folha.uol.com.br