Como dinheiro instantâneo via PIX, celulares e videogames, o influenciador Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di, encontrou em sorteios virtuais uma forma de engajar o público e gerar receita.

Em janeiro, Nego Di promoveu o sorteio de um carro de luxo blindado - Foto: Reprodução/ RBS TV. A investigação revelou que os depósitos dos sorteios de Nego Di eram canalizados para contas vinculadas sua esposa, empresas em nome do casal e até parentes.

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“Esses valores ingressavam inicialmente na conta de uma terceira pessoa, depois eventualmente retornavam para uma empresa e somente depois que já estavam incorporados na empresa, dando uma aparência de lícito e ao mesmo tempo se distanciando daquele valor que se sabia que era ilegal, oriundo de uma contraversão penal, ele adquiriu os bens. Todo esse mecanismo, toda essa dissimulação, esse distanciamento da origem delituosa configura o crime de lavagem de dinheiro”, explica Duarte.

Como foi a operação do MP. O influenciador digital Nego Di e a mulher dele, Gabriela Sousa, foram alvos de uma operação do MP, que apura a suspeita de lavagem de R$ 2 milhões após a promoção de rifas virtuais que, segundo a investigação, são ilegais.

Na ocasião, Nego Di alegou que as autoridades estariam impedindo barcos e jet skis de propriedade privada de realizar salvamentos na região de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, por falta de habilitação dos condutores.

Além disso, ele também compartilhou imagens de cadáveres boiando que não eram da tragédia em questão, inclusive uma de uma inundação no Rio de Janeiro.

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Originalmente Publicado: 13 de Julho de 2024 às 04:00

Fonte: g1.globo.com