Também estão no rol de citados o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, pai de Mauro Cid, que teria ajudado na venda das joias, e o ex-assessor de Bolsonaro Osmar Crivelatti.
Após duas conversas do ex-chefe da Receita Federal, Julio Cesar Vieira Gomes, com Bolsonaro -uma em um encontro pessoal na primeira quinzena de dezembro de 2022, e outra em um telefonema em 27 de dezembro- o chefe do Fisco brasileiro afirmou a Mauro Cid que as joias seriam recuperadas da alfândega.
A PF encontrou mensagens entre Mauro Cid e Bolsonaro em que o ex-ajudante de ordens envia ao ex-presidente o link de um item da casa de leilões Fortuna Auction, de Nova York, onde, conforme documentos juntados pela PF ao inquérito, estava o chamado kit ouro rosé -um conjunto de itens masculinos da marca suíça Chopard, contendo uma caneta, um anel, um par de abotoaduras, um rosário árabe e um relógio.
Cid também enviou links da página no Facebook da Fortuna Auction, empresa de leilão de itens de luxo, com a descrição “Watch/fortunaauction”, que a polícia suspeita ser a transmissão de leilão das joias.
Em fevereiro de 2023, um mês antes da reportagem do jornal O Estado de S. Paulo revelando a tentativa de reaver joias retidas, Cid afirma a Marcelo Câmara, outro ajudante de ordens de Bolsonaro, que desistiu do leilão do kit ouro rosé e que tinha pedido a devolução dos bens.
Câmara responde afirmando que seria necessário informar uma comissão de memória caso os bens fossem vendidos no exterior, e que um item, não especificado, “já sumiu um que foi com a dona Michelle”, em referência ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
“Nem eu e nem os demais advogados do ex-presidente tivemos acesso ao relatório final, o que choca a todos, o vazamento imprensa de peças processuais que estão em segredo de justiça. Estou passando por tudo isto apenas por exercer advocacia em defesa de Jair Bolsonaro”, afirmou.
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Originalmente Publicado: 13 de Julho de 2024 às 23:00
Fonte: www1.folha.uol.com.br