Em outubro de 2020, o Ministério Público do Rio denunciou Justiça o senador Flávio Bolsonaro, o ex-assessor dele Fabrício Queiroz e mais 15 investigados pelos crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita no esquema da “Rachadinha”, na época em que Flávio Bolsonaro era deputado na Assembleia Legislativa do Rio.
A reunião gravada, que o STF revelou, foi obtida pela PF nas investigações sobre uma atuação paralela da Abin no governo Bolsonaro a fim de beneficiar o ex-presidente e seus familiares.
“A grande questão quando falar o seguinte: ‘Ah, que o presidente da República está querendo se utilizar da estrutura da Presidência para defender o filho’. Ssó que esse caso aqui, isso que a gente descobriu pode, pode beneficiar, de uma forma ou de outra, todas as pessoas que foram atacadas. Então, não dá para dizer que uma coisa partidária, ideológica”, argumenta.
“Eu acredito, até que se isso aqui vier tona, a gente vai ser bastante, atacada, mas francamente, eu não tenho o pouco nem pouco a fazer. O que que acontece? Eu juntei aqui. Eu fiz um, um pedido, é, general. Especialmente pro GSI. Porquê? um pedido de averiguação. Dos sistemas de inteligência que atendem Receita Federal, mas o pedido precisa, a averiguação precisa, feita, feito pelo Serpro”, afirmou a advogada Juliana Bierrenbach.
Mais frente na reunião, a advogada Luciana Pires discute outras opções para a ação da defesa que não fosse uma ajuda do GSI. Ela cogitou a via legal de acionar o STF. “Qual seria a outra opção que a gente poderia fazer sem ser através da GSI? Eu entrar com uma reclamação no Supremo, porque a forma, em tese, o relator o Gilmar Mendes”, diz a advogada.
“Politicamente, o general Heleno vai ser crucificado, como pessoalidade em prol do Flávio Bolsonaro. Acredito que não seja o melhor caminho”, diz o então diretor da Abin.
Alexandre Ramagem disse que se manifestou contrariamente atuação do GSI no tema, indicando o caminho por procedimento administrativo pela Receita Federal, previsto em lei, e judicial no STF. A advogada Luciana Pires disse que a atuação dela foi técnica, nos estritos limites do campo jurídico.
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Originalmente Publicado: 16 de Julho de 2024 às 00:00
Fonte: g1.globo.com