Foto: Nelson Jr./SCO/STF. O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre um pedido para investigar o presidente Jair Bolsonaro por suposta interferência na Polícia Federal durante as investigações sobre o esquema de corrupção no Ministério da Educação.
A PF apura o favorecimento de pastores na distribuição de verbas do MEC. Na última quarta-feira, o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e pastores denunciados foram presos.
Segundo interceptação telefônica feita pela Polícia Federal, em 9 de junho, Ribeiro disse a uma filha que Bolsonaro havia lhe relatado “Pressentimento” de que o ex-ministro poderia ser usado para atingir o presidente.
“Hoje, o presidente me ligou. Ele está com um pressentimento novamente de que podem querer atingi-lo através de mim, sabe?”, disse Ribeiro.
Moraes analisou um pedido feito pelo líder da oposição, Randolfe Rodrigues, após a divulgação de intercepção telefônica indicar que Bolsonaro teria alertado o ex-ministro Milton Ribeiro de que ele poderia ser alvo de busca e apreensão.
Ao STF, Randolfe Rodrigues afirmou que há indícios de “Suposta nova interferência do Presidente da República JAIR BOLSONARO na Polícia Federal” e pediu que sejam adotadas “As medidas cabíveis a fim de evitar interferências indevidas da cúpula do Poder Executivo nas atividades-fim da Polícia Federal”.
Esse o terceiro pedido que o STF envia para a PGR avaliar se há indícios contra Bolsonaro no escândalo do MEC. A ministra Cármen Lúcia encaminhou para a Procuradoria pedidos dos deputados Reginaldo Lopes e Israel Batista para que o presidente seja investigado.
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Originalmente Publicado: 28 de Junho de 2022 às 21:35
Fonte: Globo