O Irã acusou Israel e os Estados Unidos pela dupla explosão que deixou pelo menos 95 mortos no sul do país, onde uma multidão se reuniu para homenagear o quarto aniversário da morte do general Qasem Soleimani.
As explosões ocorreram em meio tensão no Oriente Médio, um dia depois que o número dois do Hamas foi morto em um ataque em Beirute, atribuído por autoridades libanesas a Israel.
“Washington diz que os Estados Unidos e Israel não tiveram nada a ver com o atentado terrorista em Kerman, Irã. Sério? Não se enganem. A responsabilidade por este crime recai nos regimes americano e sionista, e o terrorismo apenas uma ferramenta”, declarou Mohammad Jamshidi, conselheiro do presidente iraniano Ebrahim Raisi.
Os Estados Unidos negaram qualquer envolvimento de Israel ou de seu próprio governo, e um alto funcionário afirmou que “Parece um ataque terrorista, do tipo de coisas que o EI fez no passado”.
A agência oficial de notícias Irna informou que 103 pessoas morreram e a televisão estatal afirmou que 211 pessoas ficaram feridas, algumas em estado crítico.
Em um comunicado, o governo venezuelano, importante aliado do Irã na região, condenou “Nos termos mais enérgicos” o ataque e pediu que “Os responsáveis por um ato tão repudiado sejam punidos”.
Em julho, os serviços de Inteligência iranianos declararam que desarticularam uma rede que, segundo eles, estava “Vinculada organização de espionagem de Israel” e que planejava “Operações terroristas” em todo o Irã, incluindo “Uma explosão no túmulo” de Soleimani, segundo a Irna.
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Originalmente Publicado: 3 de Janeiro de 2024 às 20:49
Fonte: www.cartacapital.com.br