O líder do partido conservador LR da França, Eric Ciotti, propôs uma aliança com o partido de direita RN, comandado por Marine Le Pen.
Ciotti sugeriu a colaboração inédita entre seu partido e o RN, conhecido por suas posições antimigração e eurocéticas, marcando uma mudança significativa na dinâmica política tradicional da França.
“Dizemos as mesmas coisas, então vamos parar de inventar oposição imaginária”, declarou Ciotti ao canal francês TF1, indicando uma estratégia para unir forças contra Macron.
No entanto, a aliança encontrou resistência dentro do próprio LR. Philippe Gosselin, legislador do partido, e outros integrantes do LR expressaram forte oposição a uma coligação com o RN. O governo Macron também criticou a proposta de Ciotti, com o ministro do Interior, Gerald Darmanin, fazendo uma comparação polêmica com os acordos de Munique de 1938, quanto o Reino Unido e a França aceitaram a demanda da Alemanha Nazista pelos sudetos da então Checoslováquia.
Enquanto isso, os partidos de esquerda na França prometeram formar uma frente unida, embora ainda sem um acordo definitivo.
Conforme a pesquisa da Toluna Harris Interactive for Challenges, publicada na 2ª feira, o partido de Marine Le Pen conquistaria de 235 a 265 assentos na Assembleia Nacional, um avanço em relação as atuais 88, mas longe dos 289 necessários para uma maioria absoluta.
Por outro lado, uma união dos partidos de esquerda e centro-esquerda Les Verts, Parti Socialiste e Parti Communiste Français teria potencial de atrair 22% dos eleitores, enquanto o partido de Macron viria como a 3ª força política, com 19% -6 pontos a menos do que recebeu nas eleições de 2022.
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Originalmente Publicado: 11 de Junho de 2024 às 13:10
Fonte: www.poder360.com.br