O governador Romeu Zema disse temer que o projeto de repactuação da dívida dos estados com a União, proposto pelo presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, não resolva o problema dos débitos bilionários.

“Precisamos considerar o que já feito, e não o que será feito a mais. Senão, tirar de um bolso e colocar no outro. Minas Gerais já um estado muito bem atendido na questão do ensino técnico profissionalizante. Somos o estado que mais tem alunos neste critério. Colocar mais em um produto que já tem uma oferta adequada, você estaria rasgando dinheiro e não resolvendo o problema”, disse.

O projeto ainda deve conter a possibilidade de uma compensação nos valores em troca de investimentos em infraestrutura, o que Zema avaliou como uma medida “Boa”, mas destacou que o volume precisa ser expressivo.

Zema reforçou a necessidade de reduzir os juros de correção das dívidas, o que, segundo ele, mina as capacidades de investimentos dos governos estaduais.

O governador afirma que o indexador construído pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo +4% se torna uma cobrança “Proibitiva”.

O chefe do Executivo mineiro também classificou a possibilidade de federalizar ativos estaduais para amortizar valores da dívida, vide a entrega da Companhia de Desenvolvimento, como positiva, porém afirma que o débito continuaria “Monstruoso”.

“Para uma dívida como a de Minas, de R$ 160 bilhões, você transferir, abater ativos de R$ 20, R$ 30 ou R$ 40, você continua com uma dívida monstruosa e que acaba inviabilizando uma boa gestão. Então nós precisamos repensar em como resolver essa questão da dívida, e espero que boas propostas venham a ser somadas tanto na Câmara quanto no Senado”, completou.

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Originalmente Publicado: 2 de Julho de 2024 às 17:28

Fonte: www.em.com.br